No dia 25 de julho celebramos o I Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, animado pela memória de São Joaquim e Sant’Ana, pais da Virgem Maria, avós de Jesus. E para celebrar esse dia, apresentamos dois depoimentos carregados de emoção, memória afetiva e gratidão por aqueles fundamentais em nossas vidas!
As melhores coisas que alguém pode ter na vida!
Sempre digo que os avós são as melhores coisas que alguém pode ter na vida. Essas duas sílabas – vô e vó – são carregadas de carinho e afetividade. Quando nasci, em 1992, minha mãe estava na faculdade, que ficava em Bragança Paulista e, sendo assim, meus avós tiveram papel importante na minha criação. Sempre vivi com eles, que me criaram como se fosse um filho. Para todos os lugares que iam eu estava junto. Até mesmo quando aprendi a falar, eu chamava minha mãe de “mãe” e minha avó também de “mãe’. Meus avós maternos, José de Almeida Franco, 80 anos, e Negleci Sanches Franco, 75 anos, me ensinaram muitas coisas: valores, a fé, a educação, o cuidado, a saber fazer as tarefas de casa.
Sempre participamos da Paróquia São José (Baeta Neves – SBC). Meu avô é uma pessoa muito boa de coração, disciplinado, ativo e alegre. Ele tem uma frase célebre: sempre que alguém pergunta “tudo bem?”, ele diz: “eu estou sempre bom”. Com isso, aprendi que, apesar das dificuldades, é preciso estar bem, pois Deus está conosco e, se temos pessoas que amamos ao nosso lado, tudo fica tranquilo. Minha avó, sempre muito quietinha, é muito terna e me ensinou muito. Cantava para mim quando era pequeno. Cozinha como ninguém e eu aprendi muito com ela.
Tive a graça de, ainda como diácono transitório, celebrar os 50 anos de matrimônio deles. Isso foi uma grande honra para mim. Com sentimento de gratidão, contemplo os dois, que mesmo com o peso da idade, se mantêm firmes nos mesmos valores e na mesma alegria. Louvo e agradeço a Deus pela oportunidade que tenho de ter convivido com eles ao longo de toda a vida!
Padre Guilherme Franco Octaviano
A certeza de um reencontro na eternidade!
Ao pensar nos meus avós, o meu coração pulsa de alegria, gratidão e amor. Posso afirmar que são os amores da minha vida, deixaram profundas e lindas marcas em mim, que nem o tempo e a ausência física puderam apagar. Deus me concedeu a graça de viver com eles! Minha avó paterna, Maria, mulher guerreira, lutou muito pelos filhos, possuía uma saúde frágil, teve três derrames e tinha Mal de Parkinson, o que não a impedia de ceder seu colo e o calor do seu amor. Para ela, fui seu “pequeno príncipe”. Para mim, o berço do amor. Aprendi com minha avó que para dar e receber amor não importa nada, apenas querer amar e permitir-se ser amado. Mais velho tive a graça de ficar com ela muitas vezes em casa, auxiliando no que fosse necessário, desde dar a comida, a levar ao banheiro, ou simplesmente estar ali, como ela sempre esteve em minha infância.
Com meus avós Marcílio e Esperança (maternos), aprendi o valor da família, abnegação, oração e fé. Lembro-me da entrega e doação de um pelo outro, o amor expresso nas pequenas coisas. Ela me ensinou a rezar a Salve Rainha, a acordar de manhã e já fazer orações. Se a infância tem um sabor era o da casa deles, o do carinho da minha avó nos pequenos detalhes, na mistura predileta de cada neto, da alegria e brincadeiras do meu avô.
Sabemos que mesmo ao partirem, estarão conosco no coração e presentes em nossas orações. Em tudo que vivi com eles, sintetizo em Amor, como é belo presenciar e sentir o transbordar do amor de Deus na minha vida, através da vida deles. Sinto saudades deles, eu os amo, minha fé me conduz a certeza de um reencontro na eternidade.
Padre Marcos Vinícius Wanderlei da Silva