No próximo domingo, dia 10 de abril, iniciamos a Semana Santa, ponto central do ano litúrgico. Neste período, somos inseridos de modo ainda mais intenso no principal mistério de nossa fé, a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, evento recordado em toda celebração litúrgica, atualizado de modo particular nestes dias. Embora ainda sofrendo com as dificuldades impostas pela pandemia, queremos celebrá-la dignamente.
Com a Celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, fazemos memória da entrada de Jesus na Cidade Santa, Jerusalém. Agitando nossos ramos, queremos aclamar Jesus como o Filho de Davi, o Messias que nos traz a salvação. De segunda a quarta, através de diversos atos devocionais, como a Celebração das Dores de Nossa Senhora, o Ofício das Trevas, a Via-Sacra, as Procissões do Depósito e do Encontro, os fiéis são convidados a se prepararem, de modo ainda mais intenso, para a celebração do Tríduo Pascal, meditando os últimos momentos da vida de Jesus.
Na Quinta-feira Santa, abrimos o Tríduo Pascal, recordando a Ceia derradeira na qual Jesus, rodeado dos apóstolos, institui a Sagrada Eucaristia, o Ministério Ordenado e lhes dá o Mandamento do Amor, pedindo que eles continuem a sua missão no mundo, apesar da sua iminente partida.
Na Sexta da Paixão, único dia em que a Igreja não celebra a Eucaristia, recordamos a entrega irrestrita de Jesus, que doa sua própria vida em favor de todos. Somos chamados a permanecer aos pés da Cruz e adorar o Fiel Madeiro, instrumento de morte transformado em árvore da vida que nos trouxe a salvação.
No Sábado Santo, celebra-se a ressurreição de Jesus, que vence o pecado e a morte. Em torno de Cristo Ressuscitado, somos chamados a abençoar o fogo novo, acompanhar a história da salvação, que tem seu ponto máximo na ressurreição, renovar nosso batismo, que nos incorpora na vida nova em Cristo, e participar do banquete eucarístico. Durante 50 dias, vamos
celebrar a Páscoa do Senhor.
Participemos com zelo e devoção da Semana Maior, morrendo com Cristo para as coisas antigas e ressurgindo para uma vida nova,
transformada pela Ressurreição. Que possamos proclamar que Cristo vive e está em nosso meio.
Artigo por Gustavo Laureano, Seminarista Diocesano