DOM PEDRO CARLOS CIPOLLINI

Nascido no dia 04 de maio de 1952, na cidade paulista de Caconde, filho de João Cipollini e Auzira Carneiro Cipollini. Dom Pedro cursou Filosofia e Pedagogia nas Faculdades Associadas do Ipiranga, hoje UNIFAI, em São Paulo, possuindo a licenciatura em Filosofia e Pedagogia. Cursou Teologia na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, obtendo o bacharelado em Teologia.
Foi ordenado diácono na Catedral da Imaculada Conceição em Franca (SP), em 07 de setembro de 1977, e presbítero na mesma Catedral, no dia 25 de fevereiro de 1978, pelo então bispo de Franca, dom Diógenes Silva Matthes. De 1984 a 1985 cursou pós-graduação em Teologia, na Faculdade Pontifícia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, obtendo o Mestrado em Teologia, após defender tese em Teologia Dogmática. Frequentou o Curso de Extensão Universitária sobre o novo Código de Direito Canônico, no Instituto de Teologia Salesiano Pio IX, em julho de 1983. Cursou o doutorado em Teologia na Itália (Universidade Gregoriana), residindo em Roma, no Colégio Pio Brasileiro de 1990 a 1992. Defendeu tese de doutorado em Eclesiologia, conseguindo a laurea (magna cum laude).
Na diocese de Franca foi pároco da Paróquia São Sebastião (1978 – 1984); Coordenador Diocesano de Pastoral, professor e coordenador de estudos do seminário propedêutico. Transferido para Campinas, aí se incardinou e trabalhou de 1985 a 2010. Foi pároco da Paróquia Santos Apóstolos, Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora do Carmo (Basílica Menor).

Foi professor do Curso de Teologia da PUC Campinas por 25 anos, lecionando várias disciplinas. Exerceu diversos serviços entre eles: Vigário Episcopal e Vigário Forâneo. Foi membro do Conselho Arquidiocesano de Pastoral e Conselho de Presbíteros. Em 1996, fez parte da Comissão Central do “Projeto de Evangelização Rumo ao Novo Milênio”.
Dom Cipollini foi eleito bispo de Amparo (SP) pelo papa Bento XVI, em 14 de julho de 2010, e ordenado bispo na Catedral de Campinas no dia 12 de outubro do mesmo ano. Sua posse, na Diocese de Amparo aconteceu no dia 24 de outubro de 2010. Foi nomeado membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, da CNBB, para o mandato de 2011 a 2014.
Na Assembleia Geral da CNBB de 2015, foi eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, para os anos de 2015 a 2019, sendo reeleito em 2019. Em 27 de maio de 2015 foi eleito bispo de Santo André (SP) pelo papa Francisco, tomando posse da mesma em 26/07/2015. Em Santo André Dom Pedro empreendeu por toda a Diocese as “Visitas Pastorais Missionárias”, percorrendo as paróquias com suas comunidades acompanhado por grupos de leigos.
Convocou o primeiro Sínodo Diocesano com duração de novembro de 2016 à novembro de 2017. Durante o Sínodo foi aprovado o 8º Plano Diocesano de Pastoral, para vigorar de 2018 a 2022. Aprovou e promulgou os Diretórios Diocesanos. Criou e instalou Tribunal Eclesiástico Diocesano. Neste período criou 7 paróquias e ordenou 16 padres. Criou também o Vicariato Episcopal para a Coordenação Pastoral e o Vicariato Episcopal para a Caridade Social.

BRASÃO EPISCOPAL

Es­cudo en­ci­mado por uma pila em ouro so­bre campo de es­malte ver­me­lho

Sim­bo­lo­gia: A pila com seu for­mato tri­an­gu­lar sim­bo­liza a Trin­dade que ir­rompe no mundo re­di­mido pelo san­gue de Cristo (campo ver­me­lho) com seu po­der cri­a­dor. A Re­ve­la­ção do mis­té­rio da Trin­dade, que con­vida a Hu­ma­ni­dade à co­mu­nhão, é fun­da­mento, cume e meta da mis­são de Je­sus Cristo e seus se­gui­do­res: “Quando Je­sus reza ao Pai para que to­dos se­jam um, como nós so­mos um, abre pers­pec­ti­vas ina­ces­sí­veis à ra­zão hu­mana, su­gere al­guma se­me­lhança en­tre a união das pes­soas di­vi­nas e a união dos fi­lhos de Deus na ver­dade e na ca­ri­dade” (GS 24).

So­bre a pila dou­rada um co­ra­ção de es­malte ver­me­lho en­ci­mado por uma chama ver­me­lha

Sim­bo­lo­gia: A cor dou­rada da pila sim­bo­liza Deus Pai, Cri­a­dor de to­das as coi­sas. O co­ra­ção sim­bo­liza Je­sus Cristo, o qual ma­ni­festa o se­gredo mais ín­timo de Deus Pai: sua mi­se­ri­cór­dia: “Sede mi­se­ri­cor­di­o­sos como vosso Pai é mi­se­ri­cor­di­oso” (Lc 6,36). A chama que en­cima o co­ra­ção re­pre­senta o Es­pí­rito Santo que ilu­mina e di­rige, fa­zendo ger­mi­nar as se­men­tes do Reino na His­tó­ria. O bispo é vi­gi­lante como o Pai, pas­tor como o Fi­lho e Pro­feta na força do Es­pí­rito, go­ver­nando na fir­meza e man­si­dão.

No campo de es­malte ver­me­lho, duas cha­ves (em ouro e prata) cru­za­das ou de­cu­sa­das em as­pas, sob elas um cres­cente de prata.

Sim­bo­lo­gia: As cha­ves re­pre­sen­tam a Igreja, Corpo de Cristo e Povo de Deus reu­nido em nome da Trin­dade (LG 4): “Na ver­dade quem re­ce­beu as cha­ves não foi um único ho­mem, mas a Igreja Una” (Santo Agos­ti­nho, Sermo 295, PL 38 p. 1348ss). Na am­pli­dão do mundo re­di­mido está a Igreja, Una, Santa, Ca­tó­lica e Apos­tó­lica (LG 8), mis­si­o­ná­ria por na­tu­reza (AG 2), “co­luna e sus­ten­tá­culo da ver­dade” (1Tm 3, 15). As cha­ves ho­me­na­geiam São Pe­dro, que­rem sig­ni­fi­car a fi­de­li­dade ao pri­mado ro­mano, prin­cí­pio vi­sí­vel de co­mu­nhão na ca­ri­dade (CD 2). Ho­me­na­geia tam­bém a Pon­ti­fí­cia Uni­ver­si­dade Ca­tó­lica de Cam­pi­nas e a Ba­sí­lica Nossa Se­nhora do Carmo, que tem as cha­ves em sua sim­bo­lo­gia e onde o novo bispo tra­ba­lhou por lon­gos anos como pro­fes­sor e pá­roco. O novo bispo de­seja sen­tir com a Igreja e amá-la como “Cristo a amou e se en­tre­gou por ela” (Ef 5,25). A lua cres­cente ti­rada do Bra­são da terra na­tal, Ca­conde, sim­bo­liza a Ima­cu­lada Con­cei­ção e re­pre­senta Ma­ria, Mãe de Je­sus, dis­cí­pula fiel. A Ima­cu­lada é orago da igreja onde foi ba­ti­zado o novo bispo, do se­mi­ná­rio onde es­tu­dou, da ca­te­dral onde se or­de­nou sa­cer­dote e bispo e das duas di­o­ce­ses a que per­ten­ceu.

LEMA

IN NOMINE IESU” (Cl 3,17) es­crito em blau so­bre lis­tel pra­te­ado

O lema quer ori­en­tar a vi­vên­cia do mi­nis­té­rio epis­co­pal do bispo. O ver­da­deiro dis­cí­pulo age em nome de Je­sus e o bispo foi in­ves­tido para agir di­ante da Igreja toda “in per­sona Ch­risti” (LG 21). ”A mis­são do bispo, su­ces­sor dos após­to­los, é o ser­viço exer­cido em nome de Je­sus: “Re­ce­be­mos o ofí­cio de em­bai­xa­do­res e vi­e­mos da parte de Deus. Esta é a dig­ni­dade do ofí­cio de Bispo” (São João Cri­sós­tomo, in Com. Ad Col. 3, 5). Por­tanto, o bispo não age em nome pró­prio, não se per­tence, mas aos que serve por amor e em nome de Je­sus. As­sim sendo, é mo­vido por mi­se­ri­cór­dia como Je­sus Cristo: “mi­se­ri­cor­dia mo­tus” (Lc 7,13).

A cruz dou­rada, o cha­péu pre­la­tí­cio ou ca­pelo e os pen­den­tes ver­des so­bre o es­cudo, re­pre­sen­tam a dig­ni­dade do mi­nis­té­rio (ser­viço) epis­co­pal.